sexta-feira, 24 de junho de 2011

| nicolau maquiavel |


"Nascido em Florença em 3 de maio e 1469, Nicolau Maquiavel (1469-1527) é provavelmente o cientista político mais conhecido do mundo. Sua fama é tamanha que seu nome funciona como adjetivo para denotar astúcia e comportamento inescrupuloso planejado para alcançar um determinado fim."

Me lembro do primeiro contato que tive com o nome Maquiavel, tinha uns 10-12 anos e procurei saber o motivo de tanta fama destinada a um homem só. Comecei a ler o príncipe, porém, me faltava maturidade e do pouco que entendi, denotar alguém como maquiavélico era justamente citar que a pessoa era ruim, sem moral. Porém, anos mais crescido, hoje consigo ver com outros olhos onde Maquiavel queria chegar.
O jovem Maquiavel foi educado segundo as melhores tradições do humanismo renascentista, e com sua sólida formação em humanidades, acabou por obter um posto como chefe da segunda chancelaria da república. O tempo em que ele passou como diplomata foi o essencial para o desenvolvimento de seu pensamento.
Após muitos altos e baixos em sua vida e carreira política, Maquiavel veio a escrever um livro chamado O Príncipe (responsavel por sua fama), numa tentativa de mostrar que possuia grandes habilidades e conhecimentos que poderiam ser úteis aos governantes e voltar a vida pública, porém não obteve exito.
O livro é principalmente um ensaio sobre a arte da liderança. Sua primeira publicação foi em meados de 1530 (após a morte de Maquiavel) e teve uma boa recepção de público. Porém, a notoriedade ganha pelo livro provém de sua sugestão de que os líderes devem colocar de lado as considerações morais ao tomarem decisões políticas. Para ele, a única importancia é manter o poder político e a glória.
Ávido fã de César Borgia, acabou por basear o livro em César e relatar suas "habilidades" como governante (como assassinar pessoas da oposição) e suas falhas (como se apoiar cegamente em seu ego e em algumas pessoas de confiança).
A ideia de Maquiavel em si, argumenta que se um líder baseia seu povo em amor, ele certamente será abandonado em momentos de dificuldade, o que não acontece se o povo o teme. Por isso ele defende a idéia de manter o poder a todo custo e colocar o povo em certo "cabresto".
Portanto, definir uma pessoa como maquiavélica é sugerir que sua falta de sensibilidade moral a torna inadequada para o ofício publico. No entanto, é também atribuir a ela, de má vontade, um certo respeito, já que podemos associar o comportamento maquiavélico como um tipo particular de inteligência fria e calculista.

Principais Obras:

  • O Príncipe (1532)
  • Discursos (1531)

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