quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

| o valor de determinadas coisas |

Aqui estou, três da manhã, refletindo sobre a minha vida, sobre as pessoas que estão em minha volta. Há tempos não parava para escrever, não de coração, somente por obrigação. Me senti como uma criança quando ganha um doce. Felicidade plena de um texto que saiu sem esforço.
Porém, tais reflexões levaram-me a divagações infindáveis... Por um momento, não conectei mais os pontos. Divagação plena de noite sem dormir, regada a café, um papel e uma caneta.
Pensamentos recorrentes e então comecei a refletir sobre como valorizamos certos objetos.
Bens materiais são mais valorizados que sentimentos, posições sociais mais valorizadas que caráter e a grandiosidade e dignidade de um ato humano são esquecidas por um padrão de beleza.
Não serei hipócrita de dizer que não gosto de coisas materiais ou que não me interesso por coisas fúteis.

O desejo/necessidade de matéria é inerente ao ser humano, porém, a cada dia descubro a ganância em pequenas ações ou comentários.
Visto que valorizar o não paupável é uma das coisas mais complicadas para nós, pois vivemos num mundo físico e plenamente atrativo aos olhos, consta-me ressaltar que a posse de bens é algo que passa da necessidade para um banho no ego das pessoas. Grande motivo para nos direcionar ao caminho que estamos percorrendo.
Uma camisa "de marca" tem um valor inferior a um abraço, a um beijo, a um cartão com sentimentos exprimidos, a um sorriso. Porém não valorizamos esses verdadeiros bens, mas supervalorizamos um pedaço de pano que determina uma posição na sociedade.
Objetos são peças inanimadas. Podem acompanhar certas lembranças, mas não são mais do que acompanhamentos. A lembrança e a história são determinadas por ações, atitudes.
Valorize o que há de melhor no ser humano. Valorize a humanidade, as lembranças, os sorrisos e afetos.
Isso é valorizar o que nos faz caminhar verdadeiramente para a frente: O amor.
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Ao som de: Bohemian Rhapsody - Queen