quinta-feira, 20 de março de 2014

| equinócio de outono |

Outono
marco da mudança,
o começo do fim para o futuro recomeço.

Dia de outono,
explosão de endorfinas.
Seu cheiro é sentido no relento,
sua presença é aclamada pelo peito.

Ciclo novo,
encontrado e não mastigado.
Desejo puro de um apaixonado,
encontrar e ser acariciado.

Noite de Outono,
Equinócio influenciador do acaso
como aquele que me levou até você.


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Ao som de Somebody to Love - Queen
(Can anybody find meeeeeeeeeeeeee..... SOMEBODY TO LOOOOOVEEE??)


quarta-feira, 12 de março de 2014

| momento |

Se pudesse dizer,
se a oportunidade mais bela viesse,
você então saberia pelos meus olhos
e não pelas minhas palavras.

A paixão do momento então
tomaria conta do espaço.
O tempo surtaria,
e seu abraço mais do que confortaria.

E o som se propagaria
da forma mais bela que poderia,
exaltando o carinho e o amor
que eu nesse momento sentiria.
 
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Ao som de If I Feel - The Beatles

sexta-feira, 7 de março de 2014

| Ela (Her) - 2013 |

"Your shadow follows me all day
Making sure that I'm okay and
We're a million miles away" (The Moon Song)


Ela.
Um filme que começa com uma intervenção totalmente diferente do que é o amor, do que é a relação afetiva e de como em muitos momentos, o sentimento transcende o físico.
A história segue um certo clichê. Theodore é "recém" (1 ano) separado, porém não ainda divorciado e encontra sérios problemas para dar continuidade e seguir em frente com a sua vida devido à extinta relação com sua esposa (com a qual o filme faz questão de te lembrar que ambos cresceram juntos). Tem um emprego que casa como uma grande ironia no filme... Ele escreve cartas.
Porventura,  um dia acaba por adquirir um Sistema Operacional (S.O.) que promete "arrumar e organizar" sua vida. O grande clima do filme é que tal sistema não tem uma voz robotizada e é interpretada (sim, amplamente interpretada) por Scarlett Johansson sob o nome de Samantha.
A partir desse ponto podemos observar toda a diferença que os atuais "intermediários tecnologicos" da comunicação moldam nossas vidas atualmente e de como, mesmo sem tais intermediários, podemos transformar qualquer relação real em algo virtual, sem sentido e sem o ponto de profundidade necessário para que seja algo gratificante.
Análises são feitas em momentos dos quais o diálogo mostra-se a coisa mais necessária dentro de um relacionamento a dois. Tal ponto mostra-nos o caminho para que as coisas sejam ao menos satisfatórias e que sempre tudo se encaminhe para o entendimento. (sim.. é puramente clichê, mas esse filme tem um Q de diferente.)

E esse Q é justamente no qual começamos a ver a humanização da personagem Samantha que em um certo ponto do filme mostra resquícios de alma e indagações humanas. Esse "Q" nos abre ideias para milhões de duvidas como "Seria esse o caminho da tecnologia?"; "Linhas de comandos e programações que simulem sentimentos a ponto de serem tão convincentes para um tão próximo relacionamento com um ser humano?". Porém, além de dúvidas, o ápice do filme é perceber que após uma hora e meia de história, percebemos que o corpo físico relacionado ao amor, acaba a cair por "esquecimento". Sim, entre aspas, pois falamos de um filme puramente ficticio, mas que nos abre o leque de que os momentos com os quais passamos com alguém (como cozinhar e cantar juntos) é algo plenamente superior ao material paupável e não sentimos falta da segunda "figura física" no filme nesses momentos.
Vide a cena abaixo para entender um pouquinho do que estou falando:



Ela é um filme essencial para uma nova "visão" de histórias de amor da qual além de várias lições, transcorrem por nossos corações novas ideias sobre os sentimentos e relacionamentos.
Mais do que indico para assistir num domingo chuvoso, abaixo de um cobertor com uma boa companhia!


quinta-feira, 6 de março de 2014