segunda-feira, 5 de setembro de 2011

| seu pior inimigo |

Inimigo. Aquilo ou quem nos impõe a falta de fraternidade.
Com a devida atenção voltada aos fatores que nos geram inimizade, cheguei à mesma conclusao de muitos filósofos considerados loucos, mas que foram levados a sério.
O inimigo da humanidade é o sentimento humano.
Várias teorias já foram abertas em nosso âmbito social e seus estudos atingiram alos patamares que até tentaram ser aplicados (como por exemplo o socialismo e comunismo ainda vigentes em alguns países).
Somos reféns de nossos próprios sentimentos e podemos perceber isso quando vemos a aclamada idéia de liberdade e espírito fraterno gerarem guerras, dominação e violência.
Novamente, então, nos vemos respondendo a impulsos que "feriram" o orgulho, e todo o sentimento fraterno é deixado de lado, corrompando toda a idéia de algo justo e igualitário.
George Orwell, com seu singular brilhantismo, escreveu o best seller 1984, no qual os seres humanos viviam sob um regime de inibidores sentimentais, e, assim, o mundo tornava-se uma unidade organizada, pacífica e sem problemas, até o pratagonista se rebelar. Dentre todos os projetos artísticos, encontramos na sétima arte o filme "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick, que, diferente de 1894, não tem como objetivo inibir, mas sim, manipular as pessoas com drogas e traumas para que o sentimento de angústia as prive de suas ações, que fugiram da boa convivência. O projeto não dá certo e é abandonado devido ao sentimento de pena da população perante o "pobre" rapaz manipulado.
De modo menos elaborado, e com um pensamento estruturado à base de livros de cunho socialista, chego a pensar que tal inimigo ainda virá a se tornar um aliado, mas, para isso, o ser humano deve evoluir exponencialmente até o dia em que o único sentimento importante for oniponte e onipresente: O Amor. Pois, com ele, orgulho algum será ferido, egoísmo algum fará as pessoas serem passadas para trás, a raiva e o ódio sumirão e nenhuma pessoa do mundo agredirá outra com palavras ou atos. Assim seríamos um, mas cada um com a própria individualidade.


Live Forever! ;D

segunda-feira, 4 de julho de 2011

| tempos modernos |

Tempos Modernos foi o último filme mudo de Chaplin, (apesar de existir o emprego de sonoridade por parte dos personagens como algumas falas e um canto).
Uma aclamavel crítica e análise da sociedade, do investimento privado, da industrialização e do capitalismo.
O filme foi feito logo após a crise de 1929, quando a sociedade americana sofria com o desemprego e a fome. O personagem principal é Carlitos (personagem clássico de Chaplin), que tem um colapso nervoso na industria em que trabalha após ficar tanto tempo na mesma função, seguindo o esquema de linha de montagem, que acaba preso e conhecendo uma realidade e problema social que persiste até hoje. Prisioneiros acabam tendo mais regalias do que trabalhadores, tanto que, em certo momento do filme, quando Carlitos tem uma oportunidade para fugir, acaba por defender sua "estadia" na prisão e posteriormente pede ao delegado para ficar por mais tempo. Isso acabou me lembrando de uma reportagem que saiu a pouco tempo de um senhor que roubou um dólar de um banco nos EUA para poder ser preso e poder ter tratamento médico.
Tal situação também nos mostra como ficar em más situações e viver a margem da parcela social que tem maior poderio financeiro acaba sendo determinante para alguém desenvolver uma certa malandragem, um jogo de cintura para enrolar os outros e se virar com o que tem/falta em mãos (para quem assistir ao filme, observe bem as cenas da prisão e de quando ele arruma um emprego numa loja).
Outra questão que o filme enfatiza de um modo subliminar, porém bem presente, mas não degradante, é a das diferenças sociais, como por exemplo, quando Carlitos senta-se com sua namorada no jardim de uma casa e dentro da loja de departamentos que ele trabalha.
Para os que ainda não viram, o filme é de grande valia. Com um enredo inteligente, crítico e de grande apelo social (chegou até a ser considera socialista, e assim, proibido e boicotado em alguns países), Tempos Modernos nos mostra como as coisas não mudaram muito de 1930 para os dias de hoje em sua essência. (entenda que essa essência a que me refiro não é o papel da mulher na sociedade, que hoje, está em plena mutação, e sim dos caminhos que a sociedade toma perante acumulo de riqueza e afins).
Indico veementemente para entendermos um pouco dos costumes e ideologias que hoje nos cercam e que rumo iriam tomar e para nos mostrar, que na maioria das vezes, dizemos muito sem falar nada.

domingo, 26 de junho de 2011

| laranja mecânica |



Nunca achei que de certo modo, seria difícil escrever sobre um filme. Por mais psicodélico, crítico ou insano que o fosse, mas Laranja Mecânica, obra prima de Stanley Kubrick (ao qual pretendo escrever sobre vários de seus filmes), foge aos padrões e deixa qualquer crítico de cinema, sociólogos, psicólogos e aspirantes a escritores (como eu) com as mãos atadas.
Com uma forte crítica social, Laranja Mecânica é uma adaptação do romance homônimo de 1962 do escritor Anthony Burgess.
O meu grande pecado ao escrever sobre esse filme é justamente o de não ter lido o livro ainda, porém, após uma assídua busca do livro em livrarias e sebos, não obtive sucesso em encontrar uma edição.
O filme é ambientado numa Inglaterra futurista e mostra a vida de Alex (Malcon McDowell), um adolescente violento e psicótico que apoia e faz uso da ultraviolência (que incluem espancamentos e estupros).
A grande sacada de Kubric nesse filme é a sua fotografia. O filme já começa com imagens marcantes, cenas fortes e uma ótima (praticamente perfeita) trilha sonora que vem acompanhada de clássicos como a IX Sinfonia de Ludwig Van (como Alex carinhosamente chamava Ludwig Van Beethoven) e Singing in the Rain de Gene Kelly (que posteriormente terá um post), receita suficiente para eternizar uma obra prima como esta.
Sua psicologia é tão intensa, que paradoxalmente, sentimos ódio, desprezo e carinho pelo protagonista que é a individualização de todos os instintos humanos.
Em si, o filme é uma crítica ao ser humano, a sociedade violenta e corrupta (sim, corrupta, quem prestou atenção no filme compreendeu isso) a qual vivemos e sobre a possibilidade de tratamentos para psicopatas, criminosos com distúrbios e semelhantes para reintegração social.
Em alguns casos, o filme chega a ser perturbador, porém, é tão envolvente que é impossível deixar de assistir. É uma história de crime, castigo, redenção, ascensão e humor negro.
Extremamente bem interpretado e planejado, é a peça que eternizou Kubrick como o excelente diretor que foi (ou talvez o melhor).
De fato, é por isso que Laranja Mecânica é uma obra essencial de ser assistida, nos leva aos extremos, bonita e feia, cômica e trágica, repugnante e agradável, é uma obra única e essencial para compreensão da sociedade e do ser humano.

sábado, 25 de junho de 2011

| a vida como ela é |

Do Jornal o Estado de São Paulo. Pra mim é a melhor tirinha escrita de todos os tempos.  Fui obrigado a scanear para postar.
Dispensa comentários.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

| fuckin' oasis, dude |

Mad fer It!!!
Post ao som de The Masterplan - Oasis

Bom, para os que não conhecem, Oasis foi uma banda de rock que começou nos anos 1990. A banda teve o seu ínicio com o tradicional (e verdadeiro) rock britanico. Foi uma das bandas mais aclamadas dos anos 90 não só pela qualidade de suas músicas, mas também pelo comportamento de seus dois principais membros e irmãos Noel e Liam Gallagher.
Histórias a parte, a banda acabou em agosto de 2009 (após uma briga entre os dois irmãos), em que eu posso dizer com toda a certeza, foi um dos dias mais tristes ao cenário musical não só do rock, mas mundial.
Noel Gallagher, que era o lider da extinta banda, está seguindo carreira solo e seu irmão, Liam, continuou com os outros integrantes, porém com uma banda nova denominada Beady Eye.
Porém, o grande enfoque para o post é referente ao dia mais feliz da minha vida, o dia em que eu fui ao show da banda Oasis.
Me recordo do cheiro do Anhembi no dia 9 de maio de 2009. Da ansiedade, do frio na barriga, de pensar que logo estaria vendo o meu ídolo Noel Gallagher arrancar variados acordes de sua Gibson Epiphone e esperando ansiosamente pelas músicas de maior sucesso e intensidade, as quais sei a letra de cor e salteado, de tras para frente.
Um excelente show de entrada da banda Cachorro Grande (que eu não sei porque, sempre me confundia com Cachorro Louco) e a pontualidade britanica do grupo principal fez com que o público já entrasse em extase. Noel começa com os fortes acordes de Rock n' Roll Star e nos determina um show repleto de prazer musical.
Começa então a clássica Wonderwall, onde marmanjos esbanjam lagrimas. E logo após umas 2 músicas, eles nos presenteiam com a melhor canção já composta por uma banda de Rock: Don't look back in Anger. Para encerrar o show, um cover de I Am the Walrus (mais psicodélico que a versão original dos Beatles).
Noel era o espírito da banda. Boa sorte ao Beady Eye, mas duvido que alcance algo grandioso quanto foi o Oasis, e que Noel não demore muito para lançar seu próximo álbum solo.

Para vocês, indico os 2 melhores albuns da banda:
E o vídeo de Don't Look Back in Anger:

| nicolau maquiavel |


"Nascido em Florença em 3 de maio e 1469, Nicolau Maquiavel (1469-1527) é provavelmente o cientista político mais conhecido do mundo. Sua fama é tamanha que seu nome funciona como adjetivo para denotar astúcia e comportamento inescrupuloso planejado para alcançar um determinado fim."

Me lembro do primeiro contato que tive com o nome Maquiavel, tinha uns 10-12 anos e procurei saber o motivo de tanta fama destinada a um homem só. Comecei a ler o príncipe, porém, me faltava maturidade e do pouco que entendi, denotar alguém como maquiavélico era justamente citar que a pessoa era ruim, sem moral. Porém, anos mais crescido, hoje consigo ver com outros olhos onde Maquiavel queria chegar.
O jovem Maquiavel foi educado segundo as melhores tradições do humanismo renascentista, e com sua sólida formação em humanidades, acabou por obter um posto como chefe da segunda chancelaria da república. O tempo em que ele passou como diplomata foi o essencial para o desenvolvimento de seu pensamento.
Após muitos altos e baixos em sua vida e carreira política, Maquiavel veio a escrever um livro chamado O Príncipe (responsavel por sua fama), numa tentativa de mostrar que possuia grandes habilidades e conhecimentos que poderiam ser úteis aos governantes e voltar a vida pública, porém não obteve exito.
O livro é principalmente um ensaio sobre a arte da liderança. Sua primeira publicação foi em meados de 1530 (após a morte de Maquiavel) e teve uma boa recepção de público. Porém, a notoriedade ganha pelo livro provém de sua sugestão de que os líderes devem colocar de lado as considerações morais ao tomarem decisões políticas. Para ele, a única importancia é manter o poder político e a glória.
Ávido fã de César Borgia, acabou por basear o livro em César e relatar suas "habilidades" como governante (como assassinar pessoas da oposição) e suas falhas (como se apoiar cegamente em seu ego e em algumas pessoas de confiança).
A ideia de Maquiavel em si, argumenta que se um líder baseia seu povo em amor, ele certamente será abandonado em momentos de dificuldade, o que não acontece se o povo o teme. Por isso ele defende a idéia de manter o poder a todo custo e colocar o povo em certo "cabresto".
Portanto, definir uma pessoa como maquiavélica é sugerir que sua falta de sensibilidade moral a torna inadequada para o ofício publico. No entanto, é também atribuir a ela, de má vontade, um certo respeito, já que podemos associar o comportamento maquiavélico como um tipo particular de inteligência fria e calculista.

Principais Obras:

  • O Príncipe (1532)
  • Discursos (1531)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

| true colors |



Bom, creio eu que este será o último post do dia, então vou deixar uma música um tanto antiga, porém em uma ótima versão da Coeur de Pirate (Coração de Pirata em Francês) que é o nome artístico de Béatrice Martin, uma cantora canadense do Quebec, que na maioria das vezes canta em francês.
Pra quem não sabe, True Colors (a música do vídeo logo abaixo) é de ninguém menos que a perfeitíssima Cindy Lauper.


Porém, não estou postando apenas pela simpatia da Béatrice ou pelo sucesso que a música teve quando foi lançada, estou postando pela forte letra que tem e que poucas pessoas percebem devido a sonoridade calma em q todas as versões são cantadas.
Música dedicada a todas as pessoas que já pensaram em desistir e que tiveram alguém ao seu lado para ajudar, dedicada as pessoas que estiveram ao meu lado e que saibam que para o que precisarem, estarei aqui.






Boa noite.

| wolfram alpha |


Aos amantes do conhecimento e com enfase na matemática, existe um site muito interessante chamado Wolfram Alpha.

E o que é o Wolfram Alpha?
É um mecanismo de conhecimento computacional. É um site que responde as perguntas diretamente, diferente de buscadores, que nos proporcionam páginas onde estariam as respostas.

Tal ferramenta é muito interessante, pois nos dá uma ideia crua e direta do que precisamos. Mas o que realmente me fascinou, foi a resolução de expressões matemáticas!
Faça o teste e acesse:
http://www.wolframalpha.com/

| brilho eterno de uma mente sem lembranças |


"Feliz é a inocente vestal!
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança" (Alexander Pope)


Para quem assistiu essa obra prima da sétima arte, entende o peso que o poema acima reflete sobre o filme e também sobre a realidade humana.
A primeira vez que me deparei com esse filme, não me animei, ví um elenco grande, porém com um ator que não se encaixava a um filme de abordagem séria. Decidi que não iria assistir o filme. Joguei o DVD na gaveta do meu criado mudo, que alí ficou por pelo menos 2 anos.
Porém um dia, estava doente e sozinho em minha casa, a solidão me propôs assistir um filme, e por um lapso de memória e nenhuma outra opção, me recordei daquele DVD em meu criado mudo.
Comecei a assistir e assim percebi que o fato de não ter visto um filme como aquele foi um atraso em minha vida.
O poema acima de Alexander Pope é a base para o filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Onde nos surpreendemos que um filme que fala sobre relacionamentos seja tão bom, criativo e extremamente original. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" constitui-se na história de um casal Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet). Que após algum tempo juntos, passam por desilusões, constrangimentos e humilhações que somente um relacionamento a dois proporcionam. Eis então, que uma futurista empresa contratada por Clementine apaga todas as memórias que ela tem de Joel. Joel se vê desesperado quando vê que Clementine não se recorda mais dele e decide fazer o mesmo. Porém, durante o processo, Joel se arrepende e faz de tudo para poder salvar o mínimo resquício de memória que possa preservar de Clementine. Começa entao a fase mais agitada, intrigante, surpreendente,excitante, excêntrica e excepcional do filme. Tal viagem nos leva a ver como atitudes impensadas as vezes não tem volta, e como nossas vontades de esquecimento nem sempre são boas.
Memórias são algo que nos definem como indivíduos no futuro, muitas vezes queremos que coisas passadas que foram ruins sumam da nossa cabeça, como se tudo o que passou não tivesse utilidade ou valor para nada. Tal desejo as vezes chega a ser tão complicado, que queremos que coisas boas sumam de nossas cabeças (como memórias boas com alguém que posteriormente nos feriu), e tais memórias, pelo simples fato de existirem, nos machucam.
O ponto é que, quando Joel percebe o quanto Clementine era importante para ele e como ele a amava, ele compreende que todas as memórias são importantes, mas as boas não devem ser esquecidas (sei que não é facil somente lembrar dos beijos e esquecer dos tapas, porém, isso nos tornaria seres humanos melhores).
E assim penso que Pope não estava certo. Abençoados são os que se recordam, pois das lembranças tiram ensinamentos, experiencias e conhecimento.

| o motivo do blog |

Bom, sou vestibulando de medicina, e relutei muito em começar um blog. Porém, após refletir muito, acabei por crer que não seria uma má idéia.
Portanto aqui estou. O título do blog vem de uma frase que de certo modo, acabou virando meu bordão durante o decorrer da minha vida de diálogos.
Sempre tento pensar por um outro lado, as vezes sou cético em fez de crédulo e vice versa.
Tal postura é somente para entender, refletir e determinar uma "verdade" que me supra as necessidades. Sem ser radical e excluir outros pontos de vista.
Portanto o intuito desse blog será o de refletir, entender e talvez, ajudar a pensar.
E falando em verdade, me lembrei de uma frase dita uma vez por um professor de filosofia a qual, deixo a vocês:


"Nenhuma verdade é real, concreta ou objetiva."